Casa do moinho

Perto dos fornos havia uma instalação da qual não se restou nada e onde se fazia a moagem, cujo objetivo era quebrar a pedra até que fosse pulverizada e depois peneirar para eliminar os grânulos ou resíduos. Esta operação, que foi realizada sem problemas devido à baixa dureza do produto, exigiu o uso de vários métodos. Dependendo dos costumes de cada região, era comum moer à mão, usando marretas de madeira chamadas ‘palancas’ e ‘almádenas’ para triturar a pedra calcinada. Isso era feito golpeando repetidamente o gesso com os instrumentos apropriados.

Além disso, também era comum a moagem com rolo ou “rueco”, em que uma pedra truncada em forma de cone ou basalto era arrastada por um animal de tração, cavalos, burros, mulas ou touros em uma eira. Para isso, limpava-se, preparava-se e endurecia-se o terreno, e espalhava-se o gesso para formar um amontoado, tendo-se previamente partido com marretas e paus para reduzir o seu tamanho, de modo a poder ser enrolado. A confirmação de que o gesso estava enrolado era obtida quando uma onda era formada quando o rolo passava sobre o material moído.

A moagem em moinho de pedra também era comum e era realizada nos chamados moinhos de sangue, muito semelhantes aos usados ​​para moer outros tipos de materiais ou produtos, como o petróleo. No início, suas pedras horizontais e verticais eram movidas por carruagens puxadas por cavalos e depois por vapor. Na maioria dos casos, localizavam-se em cidades ou perto de uma estrada e o gesso calcinado era moído em diferentes fornos, como foi o caso da cidade de Valência, onde desde o século XVI existem evidências de moinhos de gesso no centro da cidade , que eram moinhos de gesso onde a pedra desidratada era pulverizada.

A fábrica foi instalada em uma área separada como esta, para proteger o processo das intempéries. A principal diferença com os lagares é que a pedra horizontal tinha um furo no meio por onde o gesso caía em uma plataforma ou peneira e depois em um tanque localizado em um nível inferior onde era armazenado até ser retirado.

A partir de meados do século XX, a grande maioria dos moinhos de britagem foi gradualmente substituída por moinhos de martelo acionados por motores de corrente, britadeiras ou britadores a diesel ou elétricos, e, portanto, muitas vezes foram construídos tanques de água para resfriar esses motores.